segunda-feira, 20 de abril de 2009

A DIFÍCIL ARTE DE MORAR SOZINHO


Vamos pedir piedade, Senhor, piedade! Pra essa gente careta e covarde...
Cazuza.

É um sonho almejado por todo jovem!
Um sonho difícil e de realidade só pra quem é, ou se faz, forte. Quando gay, se é mais necessário ainda. São vários os motivos:

Primeiro – Necessidade de liberdade com amigos e parceiros;
Segundo – Não aceitação da família pela condição gay;
Terceiro – Arrumar como e quando sua casa e bla bla bla...

São esse os que escuto com maior freqüência e não precisam de respeito nesta ordem.
E, finalmente... você consegue. O sonho começa a virar pesadelo!
Na maioria das vezes por sermos jovens e por não termos vidas financeiras estabilizadas resta-nos duas opções:

Primeira – Dividir o aluguel com um amigo que você jura conhecer, e bastam alguns meses de convivência para perceber que são totais desconhecidos e, que a conta do telefone foi cortada porque ele não pagou a parte que lhe cabia. Ele, por sua vez, não pagou porque tinha te emprestado o dinheiro sem ter, mas, também não falou. E daí por diante...

Segunda – Morar num conjugado, onde sabe que não vai se acostumar. Só resta fazer dele sua mansão. Dificilmente você consegue isso, e, vive mudando de conjugado pra conjugado, contando cada ctms. como se fosse kms.

Ótimo! Depois de anos você consegue montar sua casa! Sem muito luxo, mas cômoda.
O sonho realizado! Moro sozinho e to bem estabilizado. Agora sim vou curtir minha vidinha de solteiro. Meu lar doce lar. Certo? Errado. Mero engano.
Você sai, conhece um carinha, e mais que normal convida pra onde? Motel? Que nada. Vou gastar o dinheiro da prestação da máquina de lavar, podendo ir pra minha casa? Afinal, instalei meu chuveiro elétrico hoje!!! Primeiro dia, primeira semana, você se apaixonando e ele idem. Um mês e as coisas começam a ficar financeiramente apertadas. Não esqueça: tudo o que você calculou, foi para uma pessoa: compras, gás, luz, telefone etc. Tudo agora é DO-BRA-DO! Menos o salário.

Isso se dá pelo primeiro motivo no início do texto. E o pior é que constante, a grande maioria por comodidade ou falta de atitude acha que você é bem sucedido. O cara que não precisa e ajuda. Por culpa, claro, sua que nunca reclamou ou pediu nada.
É fácil casar quando se tem casa mobiliada, qualquer um se “joga”, complicado é conseguir um que se junte a você pra montar uma estrutura familiar, física e mental.

Pois bem! Faça o teste. Eu fiz e perdi vários... Comece colocando duas contas e luz atrasadas em cima da TV. Nada acontece. Sabe por quê? As contas estão no SEU nome. Afinal, o chuveiro, o DVD, o som, ar condicionado etc., nada é obrigação dele. Só SUA!!!!!!!!!!!!!!
Agora, se esse passo funcionar, CASE. Provavelmente, não funcionará mesmo, logo, continue:
A cada dia que ele for jantar na sua casa, diga-lhe que traga um frango ou carne e uma garrafa de suco ou refrigerante. Se no terceiro dia ele levar sem reclamar, CASE! E me apresente ao irmão dele...
Ou seja, por carência, falta de grana etc., nunca estamos sozinhos, a não ser na hora de saldar as dívidas.

Quero deixar bem claro que não estou generalizando, e até acredito que já tenha sido um desses acomodados. Mas, já paguei por isso e de uma cetra forma acho que pago até hoje. Aprendi e não repeti! Hoje até moro sozinho numa quitinete. Arrasei na favela!!!!!!!!!!!!!!!!
Mesmo assim, oportunistas surgem a todo momento tentando tirar a liberdade que tento, com luta, manter dia após dia.

Conclusão 1 – Se ver que as coisas estão ficando séria e você está gastando demais e não tem condição de arcar com tudo sozinho, fale logo pra não ter complicações depois.
Conclusão 2 – Mesmo não precisando, acredito que não deva tirar a responsabilidade de quem a tem. É muito bom saber que pode contar com seu amor caso precise. O lance é pedir, nesse caso, coisas supérfulas às vezes. Sorvetes, pizzas etc.
Conclusão 3 - Não se feche por falta de espaço ou dinheiro. Nem tenha vergonha, e, sem essa de desculpa, porque moro na favela. Desculpa? Ela é sua! E, nunca, nunca mesmo diga:
“–Não repare, não. A casa é de pobre, mas é arrumadinha...”
Isso é pobreza... de Espírito...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bom, como esse é meu primeiro relato vou contar como minha vida mudou de vez:Funk era minha vida. E, não to falando dessa nova época em que as mulheres frutas estão na boa, e sim, de quando se brigava pra demostrar poder da vida de não poder ir à determinados lugares onde você é "alemão". Eu era noivo de uma das garotas mais bonitas do Condomínio. Bonita e de uma inocência que nunca pensei achar em alguém e depois dela nunca mais achei mesmo. Tenho amigos que se lembram dela e se referem como a Globeleza. E ela parecia mesmo!!!!!!!!!!! Até que um dia uma amiga me chamou pra ir à um barzinho em Madureira com a irmã dela que é lésbica. Estava nervosa e com medo de ser agarrada por uma sapatão e, e eu poderia fingir que era seu namorado. Nesse tempo eu era muito feliz com Minha mina . Só que
me dava um vazio INEXPLICÁVEL. Bom, fui ao tal barzinho:

Amor Verdadeiro. O começo da minha vida.

Já eram três meses que o olhava sem qualquer resposta. Entre homens, mulheres, mulheres/homens e outras "coisas", eu seguia meu destino. Esse que me acompanharia até a morte. E qual era esse destino? O desespero meio aquela gente que em definitivo não combinava comigo – e talvez não combine até hoje? Sem receber dele nem um olhar? Frente à essas pessoas com opções ( opções) iguais as minhas, mas diferente de todas as outras. Meu destino era e é o Homossexualismo. Fardo que posteriormente descobri que só os fortes são capazes de carregar e transformar em VIDA!
Dia 10 de Fevereiro. E, lá estava no meu compromisso semanal. Olhando fixamente para aquele homem que um dia, sabia, seria certamente meu. Sem nome. Só um corpo e um rosto. Ah! Tinha o sorriso! Um sorriso que abraçava o mundo. Fazia o da minha noiva, que era lindo, ridículo... Um corpo, um sorriso e... mais na-da! E, ainda assim trazia um enigma que eu não conseguia desvendar.Um homem! Eu pensava e me doía, me confundia me invadia um pânico seguido de um frio - gostoso – na barriga, que mandava mensagens diretas pra todo o corpo, e pela bermuda, que guardo até hoje, via-se nítida e invejavelmente esses sinais. Ele sorria, aumentava. Dançava e aumentava. Simplesmente piscava ou respirava e eu quase explodia em gozo.
Perdido em pensamentos, desejos, sonhos e imaginações, aquela REALIDADE me percebeu, e riu ou me sorriu. Era de uma conquista tão estranhamente fabulosa que o safismo e a pederastia a minha volta me causavam descaso. Nada me importa. Nem a Lua, nem o luar, nem o gueto onde me encontrava, nada. Ali, naquele momento, desatei todos os grilhões que acumulei durante toda minha vida. Eu era finalmente Onipotente. Aquele olhar demoniacamenteangelical deu vontade de correr, correr e me esconder dentro de mim...ou nos braços dele. Até que tudo se acabasse. E só restaria meu amor, meu amor e meu amor.Qual o próximo passo? E agora???????????????? Seria como mulher. Só chegar e mandar a lábia? Acho melhor pegar um vinho, pensei e entrei quase que correndo pro bar. Olhei pra trás e percebi que estava vindo em minha direção, faltou o ar e pulo já não existia. Antes de qualquer palavra, me beijou. Um beijo de amor. Agora eu sabia que ele também me amava...Foi um toque rápido. Tinha que ser assim. Minhas duas amigas não podiam nem sonhar que o pegar de funkeira, agora estava feliz e vivendo!!! Pela primeira vez eu era realmente feliz...
"-Qual o seu nome?" Perguntou. "-Vem sempre aqui? Ta nervoso?".Não sei se demorava à responder ou ele não me dava tempo. Precisava de no mínimo um dia pra cada resposta. Tomei fôlego e comecei - a tentar – conversar. Primeiro respondi o nome, e as outras duas não lembro. Acho que mentí pra não precisar dizer que estava lá à três meses, todos os domingos, já que sábado tinha baile, olhando pra ele como um mendigo olha pro Cristo Redentor. Tão perto e distante ao mesmo tempo. E, me disse que seu nome era Alex e marcamos no dia seguinte.Não preciso dizer que em menos de um mês, meu príncipe que já era calejado na noite – gay -, virou sapo. Eu novo na pista – gay, não queria outra coisa senão desfrutar e aproveitar da minha vida... PULSANTE, ELETRIZANTE e NOVA E ETERNA VIDA!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Início

Bom, meus amigos sabem que escrevo e depois de relutar um pouquinho, a pedidos, resolví montar meu Blog.
Sem pretensão nenhuma, quero deixar claro que não sou formado em Literatura, jornalismo, Letras etc. Por isso, estou aqui simplesmente para colocar em palavras minhas vivências e fantasias.
Não vou inventar nada, posso dar uma comercializada no que vivo e vejo.
Então, uma vez por mês colocarei aqui um texto para que "eles" parem de pedir textos particulares.
Beijos e até o primeiro...
Alexandre Azevedo.